sexta-feira, 26 de setembro de 2008

As Árvores do Pinhal do Rei estão prontas!


Hoje ao deslocar-me de carro na estrada junto ao Ribeiro de São Pedro pela mata a dentro, verifiquei um novo dia naquelas bandas. Parei o carro, saí e senti a brisa de Outono a chegar suavemente rio a cima, vinha por ciclos, com períodos de 5 a 10 minutos, que fazia agitar as folhas caducas com tons novos.


Por cada passagem, descarregava novas chuvadas de folhas maduras pela margem do rio, da vegetação que não pensa mudar nos próximos anos e pelo alcatrão ainda quente de um sol que está com vergonha de partir.

O ambiente estava calmo e sereno, muito agradável de estar, sentia-se a prontidão das árvores para este novo ciclo que abala os admiradores dos dias de sol.


Observei uma árvore, e averiguei que se encontrava vergada como se de uma submissão se tratasse, aos astros, aos deuses da natureza, reconhecendo o valor deste momento no ciclo terrestre e sabendo que é necessário mais este sacrifico para ultrapassar um inverno que se advinha rápido e ameno por estas bandas, mas que importante para que o Pinhal do Rei, para que acorde no ano seguinte na primavera carregada de energia de vida, mais forte, mais atraente e livre de pragas e de males que surgem sempre nos períodos quentes do ano solar.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Esquilos que até voam… numa viagem ao interior do Pinhal do Rei

Gustavo, a fazer-se à foto :-)

É verdade, quando falo de esquilos na floresta não acreditam, mas de facto existem e não é pouco! Foi no Inverno de 2005/2006, em Janeiro nomeadamente, quando às 7h00 da manhã andava a colocar fitas de orientação para os campos de treino do Clube de Orientação do Centro, e de repente saltaram dois seres vivos estranhos que nunca tinha visto por aquelas bandas. Julgo, que se tratava de um casal, pois iam tão romanticamente :-) saltitando de ramo em ramo, sim, eram esquilos com cores de inverno, tons de castanho-escuro misturados com avermelhado de por de sol. Lá iam eles tão rapidamente como surgiram. Só passados 2 anos e tal, numa actividade em que a Escola participou, organizado pela Câmara Municipal da Marinha Grande ligado ao ambiente, é que soube que realmente os esquilos faziam parte da fauna do Pinhal do Rei! Fiquei contente, pois o que tinha avistado naquele inverno não se tratava de uma ilusão óptica às 7h00 da manhã eheh mas sim esquilos!




Nessa actividade, podemos verificar a forma como os esquilos ruíam as pinhas, num espiral perfeito como se tratasse de uma máquina eléctrica, fiquei curioso, e neste Verão com a minha máquina potente eheh consegui descobrir algo já descoberto um dos “santuários” dos esquilos do Pinhal do Rei. Dirigi-me ao local, lancei os meus olhos de lince e rapidamente descobri o Gustavo, o esquilo que baptizei, pelo ar curioso que tinha e pela dificuldade em entender o que andava um individuo como eu de t-shirt verde florescente com um objecto preto na mão que fazia um barulho seco e rápido abrindo um conjunto de lentes onde era projectado num cartão SD eheh
pequeno almoço, pinha rechiado a pinhão





Foi de facto um encontro muito especial, contactar com o “wildlife” do Pinhal do Rei, verificar que tem mais vida do que se pensa, ou quando se passa de carro a 80km/h na estrada principal Marinha Grande – São Pedro de Moel.






A partir desse dia, tem sido constante o meu encontro com os esquilos. Tendo levado lá o meu filho para ver que existem, que até estão bem de saúde e carregados de energia que até voam de árvore em árvore!!












yupiiiii lá vou eu acho que vou chegar ao ramo, upsss

Posso garantir, que nestas viagens ao interior do Pinhal do Rei, os esquilos além de voarem, têm excelentes condições de trabalho, de lazer e de descanso ;-) vejam... :-)

Jogar às escondidas





Treino de força inferior

Belo sofá revestido a musgo

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Comboio de lata no Pinhal do Rei

esta foto foi retirada de um excelente site da Marinha Grande http://mgrande.net/marinhagrande/

Bem, as histórias vão surgindo lentamente, como de uma caminhada pela floresta a dentro...

Hoje, cheguei à escola e ao comprar a senha para o café encontrei a D. Fernanda e a D. Fernanda e como sempre a boa disposição voa sobre mim bem cedo levando a uma bela conversa em trio! Assunto, a estrada de São Pedro na Guarda Nova onde passei um dia destes, e tinha dito adeus a uma das D. Fernandas, que comentava esse facto e ao problema do movimento de carros que ali passam diariamente... E disse-lhe que não tinha nada de fazer ali a casa à 30 anos atrás :-) e daí a conversa chegar ao comboio de lata foi rápido! A outra D. Fernanda, saltou logo num comentário, ai que saudades desses tempos do Comboio de Lata!!! como dizia ela, era tão giro íamos todos no comboio até São Pedro, ia cheio de povo num convívio único, saltando logo outra observação, e nesse tempo apesar de o Comboio de Lata ser a carvão, não havia fogos...

Realmente, não havia fogos ou não havia interesses para pegar o fogo, havia muita madeira e provavelmente vivia-se da madeira como sobrevivência!

Saí dali com um sorriso nostálgico das senhoras e devorando silenciosamente o meu coffee, ia me interrogando como o belo Pinhal do Rei deixou fugir um Comboio de Lata? Como é que com a tecnologia de hoje não temos um Comboio de Lata ambiental? Como é que numa grande região turística, não existe uma atracção deste género,apelando para o turismo ambiental?Porque não temos um meio de comunicação deste género mostrando a flora e a fauna deste grande monumento natural à beira mar plantado?

Pronto, foram perguntas que surgiram enquanto terminava o café da manhã... pensando como seria um passeio de comboio, com o vento e as aromas da floresta a a bater suavemente na face!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Foto do in Pinhal do Rei..

Não podia avançar pelo Pinhal do Rei a dentro sem fazer um breve registo da foto que surge no cabeçalho do blog! Representa a porta de acesso à Floresta. Seguindo os seus caminhos, entramos no interior profundo do Pinhal, onde nos depara uma variedade de seres vivos, uns possíveis de serem registados pelos sentidos, outros devido ao seu wildlife se escondem em camuflagens naturais e em silêncios da noite ou em madrugadas serenas.
É, através deste caminho que vão surgir muitas palavras, adjectivos, verbos... e fotos, dos momentos vividos e contados. As suas curvas acompanham as águas do Ribeiro de São Pedro até ao mar, levando consigo as belezas das cores da floresta até ao encontro da imensidão do oceano.
Começa então, o passeio pedestre...

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Os Pinheiros crescem e as histórias surgem..

Quando comecei a pensar na vida e ter consciência dela, por volta dos 8 anos, foi quando comecei a fazer os meus passeios no pinhal, na parte de trás da casa onde me tornei um homem. Um dos meus pensamentos nessa altura tinha a ver com o crescimento tão lento que os pinheiros tinham, e nesses anos de metabolismo rápido sentia que conseguia vencer o crescimento deles, mas na realidade nunca conseguia competir com os pinheiros, mas sim as couves, algumas árvores de fruto e as flores do quintal dos meus pais! :-)
Foi neste ambiente de ar livre que cresci com um passado ligado a África, às suas savanas e aos seus cheiros únicos e que ficaram marcantes na memória de longa duração....
E é essa paixão, que me acompanhou e acompanha para o resto da vida, e provavelmente me atirou para uma outra paixão a Orientação.
E foi este mundo da natureza que me ´também´ ajudou a crescer e ser o que sou hoje...
...hoje, o mundo está em constante mundança, quer de valores e atitudes, quer de postura relativo ao mundo que nos rodeia e que não têm defesas para se defenderem dos egoismos do Homem...
Enquanto os Pinheiros crescem e as histórias surgem.. in Pinhal do Rei vão "cair" muitas vivências do dia a dia deste "maior monumento nacional" (do site http://mgrande.net/ )
in Pinhal do Rei aguarda-vos...